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DIU PRINCIPAIS DÚVIDAS

DIU O QUE VOCÊ PRECISA SABER:

O Dispositivo Intrauterino (DIU) é um dos contraceptivos reversíveis mais usados no mundo, mas ainda não é tão popular no Brasil – por aqui, apenas 1,9% das mulheres em idade fértil utilizam o método. Conheça as vantagens e desvantagens

O QUE É O DIU?

O DIU como o próprio nome já diz, é um dispositivo plástico em formato de “T” inserido na cavidade uterina com duração variável que tem como objetivo primordial evitar a gestação. No mercado existem diversos modelos e fabricantes, mas, basicamente temos 3 alternativas mais conhecidas: COBRE, PRATA E HORMONAL.

DIU DE COBRE

O mais antigo e o mais conhecido possui o cobre como ativo, esse tem o objetivo de deixar o muco cervical hostil, ou seja, não deixa que o espermatozóide fecunde o óvulo. Tem duração de 10 anos e tem um custo mais acessível. Sua eficácia é de aproximadamente 99,3%.

Vantagens:  Não tem efeitos colaterais como alterações de humor, peso ou diminuição da libido;
– Não interfere no contato íntimo e nem na amamentação;
– Normalmente não altera a frequência das menstruações;
– A fertilidade retorna logo após a remoção

Desvantagem: Pode provocar um fluxo menstrual mais intenso e o aumento das cólicas durante a menstruação

DIU DE PRATA

Possui os mesmos princípios do DIU de cobre porém tem a prata com ativo e sua duração é de 5 anos.

Vantagens: Muitas vezes cursa com menores episódios de sangramento intenso e menor dor se compararmos ao cobre.

MIRENA

Ou DIU hormonal (levonogestrel) possui esse progestagênio como ativo também impossibilitando a fecundação pela alteração do muco, ele não impede a ovulação. Tem duração de 5 anos.

Vantagens: É um método igualmente reversível, podendo ser retirado a qualquer momento
– Fluxo menstrual reduzido em uma média de 60% das pacientes
– Pode ajudar com sintomas de endometriose;
– Menor índice de falhas.

KYLEENA

Chegou ao Brasil esse ano o mais novo DIU hormonal que assim como seu antecessor tem como principio ativo o progestagênio sintético levonogestrel porém com uma dosagem bem menor. Além disso ele é menor e mais fino proporcionando maior conforto na inserção. 

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QUANDO SE DEVE COLOCAR?

Para mulheres que estejam menstruando regularmente, o DIU pode ser inserido em qualquer momento durante o ciclo menstrual, desde que haja certeza de que ela não esteja grávida, que não tenha malformação uterina e que não existam sinais de infecção ativa. É inserido, preferencialmente, durante a menstruação, pois tem algumas vantagens: se o sangramento é menstrual, a possibilidade de gravidez fica descartada; a inserção é mais fácil pela dilatação do canal cervical; qualquer sangramento causado pela inserção não incomodará tanto a mulher; e normalmente causará menos dor.

Após o parto, o DIU pode ser inserido durante a permanência no hospital, se a mulher já havia tomado essa decisão antecipadamente. O momento mais indicado é logo após a expulsão da placenta. Porém pode ser inserido a qualquer momento dentro de 48 horas após o parto. Passado esse período, deve-se aguardar, pelo menos, quatro semanas.

Após episódio de abortamento, o DIU pode ser colocado imediatamente após o procedimento de AMIU ou curetagem, nesse caso é preciso certeza de não ter infecção uterina ativa.

As usuárias de DIU que desejam substituí-lo, podem efetuar a remoção do antigo e inserção do novo no mesmo momento e em qualquer dia do ciclo menstrual.

ONDE É FEITA A INSERÇÃO?

A inserção normalmente é feita ambulatorialmente, no consultório, ou para as pacientes mais sensíveis pode ser realizada com anestesia no hospital.

QUAL O RISCO DE FALHA?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o DIU de liberação hormonal expõe a mulher a 0,2% de chance de gravidez, enquanto o DIU de cobre ou o DIU de prata tem 0,7% de chance.  Para efeito de comparação, a laqueadura é, em média, 99,6% eficaz e a pílula anticoncepcional, na prática, pode falhar em até 6% das vezes, devido a esquecimentos, uso inadequado ou interação com outros medicamentos.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho em ginecologia, obstetrícia e medicina fetal em São Paulo!

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